Crítica sobre o filme "Golpista do Ano, O":

Eron Duarte Fagundes
Golpista do Ano, O Por Eron Duarte Fagundes
| Data: 07/10/2010

No começo de O golpista do ano (I love you, Philip Morris; 2009), de Glenn Ficarra e John Requa, os diretores oferecem a sexualidade como farsa. Jim Carey, o protagonista que narra o filme, é o policial Steven Russell que vive uma vida pequeno-burguesa ao lado da esposa, filhos e um emprego, quando um belo dia descobre sua homossexualidade e cai na marginalidade para relacionar-se com um parceiro (Rodrigo Santoro, em escassa aparição). As coisas parecem forçadas demais na narrativa e aos atropelos a vida de golpes e prisões da personagem central se desenrola na tela de maneira insossa.

Ewan McGregor, visto em O escritor fantasma (2009), do polonês Roman Polanski, é o brilho interpretativo isolado do filme, compondo um presidiário homossexual por quem a criatura de Carey se apaixona. No mais se trata de uma comédia um tanto quanto tola e óbvia que tira proveito faz facilidades farsescas da gozação homossexual.