Crítica sobre o DVD "Paris Filmes - 92 Min." do filme "Juno":

Edinho Pasquale
Juno Por Edinho Pasquale
| Data: 04/07/2008

Um filme bem interessante, principalmente por ser uma produção independente com um roteiro inteligente e que foge dos tradicionais clichês, tendo Ellen page como estrela, tem a sua edição em DVD com acertos e erros. A qualidade de imagem é boa, com uma bela coloração (graças ao ótimo trabalho de fotografia do filme), mas com alguma granulação e até compressão aparente, o que por vezes parece que falta definição na imagem. O áudio também não ajuda muito, a sua distribuição em 5.1 canais se concentra bastante nos canais dianteiros e central, utilizando pouco dos canais “surround” (traseiros), apenas quando da existência da trilha sonora. O mesmo acontece na boa dublagem. Há ainda a distribuição, em ambos os idiomas, em dois canais, quando dá para se conferir que a diferença não é grande (ou seja, a trilha com 5.1 fica “devendo”). Aliás, quando na dublagem, as canções deveriam ter legendas, pois em vários casos elas complementam o filme.

Já os menus são bem simpáticos, visualmente bem realizados, mas aí vem a “grande confusão”. Primeiro, o patrocínio de uma empresa é exagerado. Além de ser tema de um menu, é apresentado também de forma acintosa no início dos créditos finais do filme. Tudo bem se ter um comercial antes dos menus, mas o exagero foi no mínimo indelicado com o espectador. Mas a maior falha está na divisão dos featurettes, mal colocados em um menu chamado de "Entrevistas´, e chamado de "entrevista" no título quando é um featurette. As imagens abaixo dos menus explicam melhor o fato. São quase os mesmos da edição americana, por lá há os testes de elenco, uma trilha em áudio com comentários do diretor e da roteirista, também disponíveis nas cenas excluídas e um featurette chamado "Honest to Blog! Crediting Juno Featurette". Isso sem comentar que há um segundo disco, onde o filme pode ser transferido para outros formatos digitais, como I-pods, sem custos extras. Por outro lado, as “entrevistas” apresentadas por aqui não existem por lá no mesmo formato, afinal, nem há razão delas existirem, pois estão nos documentários, melhor editadas.

No geral, o filme é tão carismático que vale a sua locação. Mesmo porque apesar das “confusões” de onde estão os materiais extras, o tema é interessante e Ellen Page por si só sustenta a qualidade e faça com que você o assista. Ou reveja.