Quando vi o trailer de O Turista pela primeira vez fiquei encantada, Angelina parecia estar mais bela do que nunca, e o filme parecia ser um ótimo entretenimento. E o é. Só não é uma comédia como o Globo de Ouro apontou, embora o filme seja muito bom.
O longa é a refilmagem de um filme francês (que mostra mais uma vez a obsessão dos EUA de quererem ser tão bons quanto os franceses no quesito cinema), que passou por mãos de diretores como Lasse Hallstrom e já teve Charlize Theron envolvida no projeto... mas finalmente foi o diretor Floriel Henckel von Donnersmarck (que dirigiu o excelente A Vida dos Outros) quem deu continuidade ao projeto e conseguiu Angelina e Johnny como protagonistas...uma dupla que parecia ser imbatível mas que infelizmente não combina muito em tela.
A história foca Elise, que é esposa de um estelionatário que é procurado no mundo inteiro e, ao seguir ordens dele, escolhe um homem comum para que a policia confunda o homem com o marido da moça. O escolhido é Frank (Depp) um mero professor de matemática que fica encantado com a beleza da diva e aceita ser enredado pela mesma, até em circunstancias estranhas. O problema é quando a polícia, encabeçada pelo inspetor John (Paul Bethany, ótimo) encontra Frank e começa a caçá-lo, fazendo com que ele se meta nas mais terríveis situações. E Angie claro, vai ajudá-lo.
Com um final surpreendente (como no longa original), figurinos fabulosos (da sempre ótima Colleen Atwood) e uma trilha soberba (Newton Howard substituiu Yared no longa, que teve a sua trilha recusada), o filme é 10 como entretenimento, é pura diversão, despreocupação e fascínio através de um roteiro mirabolante. O único pequeno problema é Angelina, já que sua beleza está tão grandiosa que ofusca qualquer coisa que esteja perto dela, neste caso, Johnny Depp. Eu não sei se ele ficou petrificado com a beleza da Deusa ou algo parecido, só sei que aqui ele não atua muito bem, talvez por não ter captado o requisito diversão que era necessário ao longa. O Turista é um filme pra entreter, não para ser levado tão à sério...e o fato de Johnny levar seu personagem em contra partida do que o filme representa, prejudica e muito o filme. Já Angelina, ao contrário, não se preocupa em impressionar (e nem precisa já que é o filme que ela está mais bonita), nem se esforçar na atuação mas, por entender a proposta do filme, sai-se muito bem em sua personagem.
É um filme gostoso de assistir, um ótimo passatempo, que seria muito melhor se Johnny Depp tivesse acertado o tom... Mesmo assim, provavelmente entrará na história daqui uns 50 anos, como o filme no qual a atriz mais bela da história esteve mais bonita.