A idéia de rodar este filme partiu de Stanley Kubrick, na década de 80, tendo chegado a testar alguns robôs, sem êxito, porém. Kubrick acreditou que Spielberg fosse o diretor ideal para o filme, devido aos diversos efeitos especiais que seriam requeridos. Kubrick e Spielberg passaram a manter contatos constantes sobre o projeto AI por meio de fax. Stanley Kubrick pretendia iniciar este filme após as filmagens de "De Olhos Bem Fechados"(1999), no entanto, o diretor faleceu antes de dar início ao projeto. Após este fato Spielberg decidir realizar o filme, com base no que fora escrito por Kubrick, e nas idéias que haviam trocado.

São por estes motivos que é compreensível a expectativa que havia em relação a este filme, tanto por parte de críticos, pelos fãs de Spielberg, de Kubrick, bem como pelos adoradores do cinema em geral, como nós. Assim, como sói ocorrer em casos como este, fomos assistir a A.I. esperando um "filmão", mas nos defrontamos com algo nada extraordinário.

O filme é interessante até quase a parte final, conseguindo prender bastante a atenção do expectador. No entanto, na medida em que o final se aproxima, o roteiro vira um carnaval, só que arrastado, chato, beirando o ridículo. Além disso, ficou muito longo. Apesar disto, não considero com ruim: não me arrependo de tê-lo visto. Até o recomendo aos leitores que ainda não assistiram A.I. porque ouviram muitas críticas negativas deste filme.

Aqueles que gostam de ficção científica certamente irão apreciar A.I., tendo em vista a excelente qualidade dos efeitos, muito bem feitos e convincentes. Os efeitos digitais, realizados com o auxílio (indispensável) do computador são perfeitos. Os cenários apresentados são ricos em detalhes, bem bonitos. A cena inicial, em que uma secretária "Meca" tem seu rosto aberto por seu criador é impressionante, e já dá uma idéia do que veremos adiante.

Outro ponto positivo de A.I. é a música, bem como os efeitos sonoros.