Crítica sobre o filme "Alta Velocidade":

Marcelo Hugo da Rocha
Alta Velocidade Por Marcelo Hugo da Rocha
| Data: 14/11/2001

STALLONE assumiu a produção e fez o roteiro desta nova parceria com o diretor de RISCO TOTAL. Primeiro, falou-se num filme ambientado na Fórmula 1, talvez até numa biografia de Ayrton SENNA (que parece que vai sair com Antonio BANDERAS). De qualquer forma, os personagens são espelhados na F-1 (Burt REYNOLDS como Frank Williams, "Jimmy Blay" como o rebelde VILLENEAUVE, o piloto alemão "Brandenburg" como SCHUMACHER...) e a categoria adotada é a (MOLSON) INDY.

Mesmo levando em conta que tem um piloto (ator de nacionalidade chilena) "Memmo Moreno" representando um brasileiro e arranhando um portunhol (mas bem mais próximo do espanhol), o abuso de efeitos especiais (muito destacados), que STALLONE e suas lições de moral interrompendo a continuidade, e imagens pra lá de absurdas, vale a pena esta corrida... As cenas dos acidentes são bem interessantes e STALLONE é um mero coadjuvante (que ótimo!). Muitos pontos para o diretor Renny HARLIN (Duro de Matar 2) e para a edição, que teve a dificuldade de juntar muitas cenas reais gravadas no circuito da INDY e o ambiente de ficção. Mas se você quer um baita filme de corridas, fique com GRAND PRIX que é de 1966 (do mesmo realizador de RONIN, J. Frankenheimer)!

Sim, senhores, o filme é nervoso, barulhento, muito próximo de um videogame, principalmente, pela elaboração computadorizada de seqüências (que fica mais evidente nos documentários - tudo é falso!). E a surpresa fica para o final: uma bandeira do Brasil quase em destaque numa tomada (no início também há uma em miniatura). Para finalizar, este filme poderia ter sido uma co-produção, Brasil e Estados Unidos, por ter tantos pilotos brasileiros referidos: Christian Fittipaldi, Roberto Moreno, Tony Kanaan, M. Gugelmin e Cristiano da Mata. Talvez, dariam o papel do piloto brasileiro para um ator nacional... que tal Rodrigo SANTORO? Acho que não iria adiantar, nem valeria a pena: o filme foi um fracasso comercial (te larguei pras cobras Stallone...).