Em tempos de mediocridade com Van Helsing e A Liga Extraordinária entre outras adaptações de HQ e games, há esperança atrás do letreiro de Hollywood. Anjos da Noite é divertimento puro, porém de ótima qualidade ou será que todo o cinema também precisa ser só artístico? Os críticos caíram em cima ao compara-lo com outras produções recentes (Matrix, Blade – O Caçador de Vampiros, por exemplo), mas mesmo assim, o público lotou os cinemas americanos e fez de Underworld um enorme sucesso de bilheteria.
Baseado – sem autorização – num RPG, Anjos da Noite faz de uma interessante história uma lenda, em que lobisomens e vampiros lutam entre os séculos sem que nós, humanos, percebamos (daí o título original). Somos apresentados a este “submundo” pela vampira Selena (Kate Beckinsale), que vive atrás da raça inimiga a fim de exterminá-la. No caminho, surge um humano (Scott Speedman) e um segredo sobre ele em que só os lobisomens conhecem. Este fio de história e um mote meio shakesperiano é desenvolvido num clima dark com muita ação e algumas reviravoltas que prendem a atenção até o fim.
Para quem não sabe, a estrutura da história foi planejada para ser contada numa trilogia e a primeira seqüência já está sendo filmada com previsão de estréia para 2005. Despretensioso, sem querer reinventar o cinema, como aconteceu com a fábula Matrix, pode acreditar que teremos ainda boas horas de entretenimento!