Este filme não seria absolutamente nada se não fosse por um “pequeno” detalhe: o protagonista é Al Pacino. É ele quem dá um certo brilho, alma e sobrevida a uma história que já é conhecida e até mesmo “clichê” sobre o showbizz americano, onde o poder do dinheiro e a fama falam mais alto.

Pacino tem uma atuação brilhante, talvez até um pequeno retrato do que ele mesmo pensa de “tudo isso”. O roteiro é meio lento, mas o ator nos vai trazendo sempre uma carta na manga, ou seja, nos prende para sabermos o que acontecerá ao seu personagem. Kim Bassinger, ainda bela, tem uma pequena e deslocada participação. O diretor não dá um grande andamento e uniformidade à trama, mas quem tem Pacino segurando as pontas acaba sendo desapercebido nos seus erros. Para quem tem certos problemas de stress como o do personagem principal, dá pra se identificar muito com as expressões e trejeitos do ator. Chega a contagiar.

Claro que Nova York é bem retratada como cenário para o que acontece de “importante” no mundo, Mostra com um certo realismo um lado meio “underground” glamuroso do poder e tem um desfecho até certo ponto imprevisível. Vale dar uma espiada, principalmente para quem admira este grande ator, com mais uma brilhante atuação.