Crítica sobre o filme "Assassinos Por Natureza":

Saulo L. Jr
Assassinos Por Natureza Por Saulo L. Jr
| Data: 14/02/2001

Com uma polêmica versão acerca da banalização da violência, a la "Pulp Fiction", mostrando a demência do ser humano, o filme fez estrondoso barulho com uma narrativa pirotécnica, com toques Pinkfloydianos ("The Wall") e com uma radical violência gráfica e movimentação de câmera que, aliada à brilhante trilha sonora produzida por Trent Reznor, fizeram deste romance-bestial uma obra de arte, por uns amada, por outros odiada, no melhor estilo de Oliver Stone.

A história é de Quentin Tarantino, com algumas intervenções no roteiro por Stone e outros. O Filme discute a vulgarização da violência pela mídia, e a relação amorosa de um casal de serial killers sociopatas, cultuando o fim da moral e o prazer individual e imediato, fora dos padrões da sociedade moderna. Mickey (Woody Harrelson, de "O Povo contra Larry Flynt" e "Proposta Indecente") e Mallory (Juliette Lewis, de "Cabo do Medo" e "Drink no Inferno") encontram-se inesperadamente, cada qual com sua motivação para a ojeriza aos padrões sociais, disparando, apaixonadamente, em busca de suas purezas espirituais, em uma empreitada de assassinatos e drogadição, com escancarada manipulação de opiniões por um repórter (Robert Downey Jr.) obcecado pela audiência. No elenco, ainda, Tommy Lee Jones.