Crítica sobre o filme "Bridget Jones: No Limite da Razão":

Edinho Pasquale
Bridget Jones: No Limite da Razão Por Edinho Pasquale
| Data: 22/07/2005

É complicado comentar sobre um filme que tem 2 ou 3 aspectos distintos: é uma continuação de um bem sucedido filme, é novamente uma obra baseada em um livro e é simplesmente pra diversão. Fique com todas as opções acima, mesmo tendo assistido ao filme inicial e lido os livros (geniais). E tenha uma certeza: é uma boa diversão. A química entre o quase triângulo amoroso continua perfeita. Não por acaso, temos Hugh Grant como canastrão (da mesma família de 4 Casamentos e 1 Funeral - ainda indisponível, quando desta renenha, em DVD no Brasil - Um Lugar Chamado Nothing Hill e o primeiro Diário de Bridget Jones), perfeito para este tipo de papel. A gracinha Renée Zellweger, comprovando mais uma vez a sua versatilidade e doçura, mostrando que todas as mulheres são atraentes, não depende de seu tipo físico. Por mais que elas não entendam isso... Ela novamente comprova isto no seu comprometimento real, ao novamente engordar para fazer o papel, tão memorável neste sentido quanto De Niro em Touro Indomável e até Charlize Theron em Monster, só pra citar alguns. Completa o triunvirato o competente e charmoso Colin Firth, par ideal de Bridget.

O roteiro tem algumas escorregadelas, mas nada que implique na falta de diversão. A carismática Bridget sofre desta vez da crise do casamento (com o “namorido”), sua compreensível insegurança, junto com fatos contemporâneos: a carreira versus amor, os trinta anos, a manutenção de um relacionamento em que pese todas as alternativas mencionadas.

Claro que não serve para um público mais juvenil (somente os interessará daqui há alguns anos), mas entretém o público com a mesma faixa de idade dos personagens, pela sua atualidade, e aos mais velhos, por já terem passado por isso. Além de ser divertido (um pouco menos que o anterior, é verdade). Uma ótima trilha sonora celebra a diversão. E vale pelas atuações e situações típicas, graças ao oportuno texto que deu origem aos livros e conseqüentemente aos filmes. Não me incomodará, caso se mantenha a tríade de atores, mais uma continuação. Relaxe e divirta-se. Mesmo que você tenha lido o livro de Helen Fielding e tente compará-lo ao filme. Tudo se recria...