Crítica sobre o filme "Bullitt":

Edinho Pasquale
Bullitt Por Edinho Pasquale
| Data: 03/08/2005

Drama Policial de grande sucesso por causa de sua seqüência de perseguição de carros pelas ruas de San Francisco, obra do fotógrafo William Fraker. No todo, porém, o filme é arrastado e complicado demais. McQueen ffaz o herói Bulliti, detetive policial de San Francisco que esconde a morte de uma testemunha que tinha obrigação de guardar, indo sozinho atrás dos culpados. Há muito papo furado, compensado pela beleza de Jacqueline e outra boa seqüência, um tiroteio no aeroporto.

Não há nenhuma dúvida de que o ator Steve McQueen acabou sendo idolatrado por seus personagens policiais, durões. Neste filme ele não foge à regra: ele faz mais um que não se conforma com o que está acontecendo, seja com atos “ilícitos” ou não. Há algumas cenas memoráveis, como a de perseguição de carros em São Francisco (quase tão memorável quanto a de Operação França) e a seqüência no aeroporto, com um tiroteio. Devemos analisar ainda que este gênero de filme, policial, teve várias fases. Desde os filmes chamados “noir” até os de ação protagonizados por personagens (e intérpretes) ilustres, como os vividos pelo próprio McQueen, Charles Bronson e Clint Eastwood (na sua fase pós-westerns). Depois desta geração, são poucos os atores que se identificam como policiais, a exceção talvez esteja com Pacino (Falcões da Noite e outros).

Há ainda bons momentos, como da beleza e talento de Jacqueline Bisset, mas para quem espera um filme cheio de adrenalina pode se decepcionar. Há bons e movimentados momentos, assim como um excesso de mesmice. Mas é um filme que merece o mérito, ainda mais hoje, quando uma boa estória acaba sendo desperdiçada pelos efeitos especiais. Um bom policial, acredite, você não vai se arrepender ao assisti-lo.