Filmado em 2000 e lançado apenas em 2003 nos EUA, A Casa dos 1000 Corpos é sem dúvida o melhor filme de terror dos últimos tempos, mesmo que se apele para os clichês do gênero. A história é batida: grupo de amigos se perde e busca ajuda numa casa com uma família muito estranha. Mas toda a diferença está na cabeça maluca do seu criador, Rob Zombie, que busca no requinte visual a chave para aterrorizar os espectadores.

O filme se passa no início da década de 70, cuja inspiração de Massacre da Serra Elétrica (1974) é evidente. Mas a impressão é melhor ainda pela verborréia de imagens desconcertantes como em Nascidos para Matar (1994). Rob Zombie consegue explorar muito bem o clima de “túnel do terror”, grande atração dos parques de diversão nas décadas de 50 e 60, bem como as famosas produções “B” do gênero que seguiram neste período. Talvez muita gente, desacostumada com visões artísticas pouco comuns, não chegará até o fim, mas justamente esta concepção será a alegria da minoria ávida por novos ventos além das histórias fracas de Jason e bobagens similares, principalmente, continuações pobres e adaptações de games.

Vamos aguardar agora pela continuação (The Devil’s Reject) prometida para 2005 (nos EUA).