Crítica sobre o filme "Chamado, O":

Marcelo Hugo da Rocha
Chamado, O Por Marcelo Hugo da Rocha
| Data: 15/04/2003

Sucesso inesperado de público – arrecadou só nos EUA mais de 125 milhões de dólares – O Chamado apenas não passou incólume junto à crítica especializada. Talvez porque os críticos em geral não gostem de refilmagens, não fez diferença entre os admiradores de produções de terror que estavam desesperados por histórias novas e outras emoções além do ‘medo’ de serial killers endiabrados e afins. A comparação com A Bruxa de Blair é inevitável pelo sucesso de ambas fitas num período de ‘vacas magras’ para o cinema neste gênero. Não é por acaso, também, que levou o Prêmio de Melhor Filme de Horror do conceituado Saturn Award de 2003.

A premissa de O Chamado é daquelas histórias que saíram direto das tais lendas urbanas, que povoam a nossa fértil imaginação. Você não ficaria aterrorizado caso seu vizinho lhe contasse sobre uma fita ‘assassina’ que mata depois de 7 dias de ter sido assistida? Realmente, é muito boa, porém a forma que foi-nos apresentada faz a diferença entre o original japonês. O diretor Gore Verbinski, que tirou a sorte grande ao ser “chamado” logo após para dirigir o sucesso de Piratas do Caribe (e garantida sua continuação), teve o mérito de não ter apenas repetido na refilmagem, foi além ao acrescentar efeitos visuais com requintes gráficos que tornaram o evento mais assustador.

É um grande filme de terror, que de certa forma foi copiado em muitos aspectos em No Cair da Noite (2003), e que como se sabe, teve duas continuações japonesas, Ringu 2 (1999) e Ringu 0 – Birthday (2000), esta última, com acontecimentos anteriores do primeiro. A curiosidade fica por conta que teremos também uma continuação americana dirigida pelo próprio Hideo Nakata, responsável por Ringu e Ringu 2, mas que seguirá outro rumo a seqüência.