Crítica sobre o filme "Charada":

Edinho Pasquale
Charada Por Edinho Pasquale
| Data: 12/01/2005

Com um elenco como este e um diretor que já houvera feito “Cantando na Chuva” e “Sete Noivas para Sete Irmãos”, o que se poderia esperar? Simplesmente um grande filme. O ótimo roteiro de Peter Stone nos prende até o seu final, com diálogos brilhantes, seus mistérios e suas reviravoltas. O mais curioso é que este mesmo roteiro fora rejeitado pelos 7 grandes estúdios da época e só acabou sendo disputado pelos mesmos sete estúdios depois que Stone o lançou em capítulos numa revista, um sucesso. O ótimo e charmoso Cary Grant se sentiu mais à vontade depois de algumas alterações sugeridas por ele no roteiro, achava que não poderia ser par romântico com uma atriz que tinha idade para ser sua filha, uma das grandes damas do cinema, Audrey Hepburn. E ainda tem Walter Mathaw... O resultado: diálogos bem “ferinos” e inteligentes. Tudo parece funcionar bem: Paris como cenário, música de Henry Mancini (Bonequinha de Luxo, A Pantera Cor-de-Rosa), elenco bonito e sofisticado (que contava pontos na época. Aliás, conta até hoje). Teve duas refilmagens, uma em 78 (Somebody Killed Her Husband, com Farah-Fawcet, sucesso na época com As Panteras na TV) e outra em 2002 (O Segredo de Charlie). Dois fracassos. Um suspense de primeira, inteligente, brilhante e até cômico. Imperdível