Crítica sobre o filme "Chegadas e Partidas":

Marco Esteves
Chegadas e Partidas Por Marco Esteves
| Data: 12/10/2003

O filme de Lasse Hallström é estranho. Não é um filme ruim, mas é estranho. Em determinados momentos parece que nos são passadas mais informações do que podemos acompanhar. É certo que o livro de E. Annie Proulx é de difícil adaptação e, apesar do bom roteiro, o filme perde-se pelo caminho. O diretor sueco é responsável tanto por belas obras, como “Minha vida de cachorro” (Mitt liv som hund, 1985), como por trabalhos mais adocicados – sem trocadilhos – como Chocolate (Chocolat, 2000). Neste “Chegadas e Partidas” fica difícil encontrar uma linha principal, tamanha é a variedade de personagens e situações. Hallström escolhe bem o elenco com quem trabalha, pois temos atores do quilate de Pete Postlethwaite, por exemplo, em papéis secundários. Mas parece que nada é suficiente para ligar o fio condutor da trama. Nem mesmo a boa atuação do excelente elenco. Falta algo, talvez o mesmo que o personagem de Spacey vive buscando. Se ao final do filme ele se encontra, o expectador é quem acaba se perdendo.