Crítica sobre o filme "Combate, O - Lágrimas de um Guerreiro":

Marcelo Hugo da Rocha
Combate, O - Lágrimas de um Guerreiro Por Marcelo Hugo da Rocha
| Data: 09/12/2004

Antes da “febre” das adaptações dos quadrinhos nas telas de cinema, O Combate: Lágrimas do Guerreiro trouxe o anti-herói e assassino Freeman de uma série japonesa cultuada no universo HQ e em animação. Interpretado pelo ator Mark Dacascos, que fez muita porcaria no subgênero artes-marciais até ser notado na série para TV, O Corvo (1998), e depois também sob a direção de Christophe Gans, em Pacto com os Lobos (2001), Freeman retoma o que seu melhor viu em The Killer (1989) e Fervura Máxima (1992), ambos clássicos de John Woo na fase Hong Kong (que não por coincidência, trabalharam com o mesmo editor David Wu).

A bela e desconhecida atriz Julie Condra assiste ao assassinato do filho de um poderoso líder da temida Yakuza executado por Freeman. Levado pelo código de honra do grupo da qual pertence, Freeman deve matar a testemunha, porém, se apaixona, causando revolta nos seus colegas de profissão. A partir disso, precisa salvar sua pele e da sua amada da fúria da Yakuza, que busca vingança, e do seu grupo mortal que se diz traído. Com uma trama “batida” desta, o diretor Christophe Gans consegue fazer um grande filme de ação com ângulos criativos e seqüências de tirar o fôlego de quem acha que francês só sabe fazer produções para quem tem insônia...

Curiosidades: o parzinho romântico do filme saiu da ficção para a realidade. Casaram-se em 1998 e tiveram um filho. O próximo trabalho do diretor C. Gans é outra adaptação, porém do famoso game Silent Hill. Está prometido para estrear em 2005.