Crítica sobre o filme "Confissões de Uma Mente Perigosa":

Edinho Pasquale
Confissões de Uma Mente Perigosa Por Edinho Pasquale
| Data: 07/12/2003

Boa estréia de Clooney na direção, em um filme simpático e divertido. O novo diretor cumpre bem o seu papel, fazendo com que um quase desconhecido (mas promissor) ator segure bem o papel principal do filme (Rockwell fez também o papel de vilão em As Panteras Detonando). E Drew Barrymore está como sempre competente.

O roteiro é muito bem sacado, em forma de flashback quase até o seu final. Baseado no livro do próprio Chuck Barris, há sempre bons contra-pontos ao incluir depoimentos de pessoas envolvidas com a história (pouco ou nada conhecidas no Brasil), através de ilustrações dos dois pontos principais do filme, a criação/apresentação de "game shows" (alguns deles já devidamente imitados por Silvio Santos) e seus bastidores e as missões como agente da CIA (muito boa a idéia de trazer Rutger Hauer como agente alemão).

A fotografia está bem interessante, bem diferente do habitual. As participações especiais dos amigos de Clooney são muito boas, especialmente a de Julia Roberts. Brad Pitt e Matt Demon fazem rápidas aparições. A trilha sonora está muito adequada ao filme, principalmente numa das cenas finais, um belo exemplo de integração do roteiro e direção, quando é executado um trecho de Beethoven (há até alguma remota semelhança com Laranja Mecânica, de Kubrick).

Uma filme coerente e divertido (não espere dar gargalhadas), vale a pena ao menos a sua locação. "Welcome" a direção, Mr. Clooney.