Como é fácil assistir algo que de antemão tudo conspira para ser o “pior do ano”: elenco juvenil sem nenhum nome conhecido, idem ao resto da produção, direção e tudo mais; uma sinopse que já entrega quase por completo a bobagem que teremos na próxima uma hora e meia de filme; uma capa com muitos elementos copiados de outras, incluindo aí Bruxa de Blair. O que resta senão ser torturado?
Daí surge a surpresa! Na primeira meia-hora, parece um episódio “light” de Arquivo X. Algum suspense, bons efeitos especiais e uma história que flui – com certos buracos de roteiro – para uma versão “teen” de A Experiência. Mas há um humor embutido, não sei se intencional, pelas atitudes adolescentes, principalmente, dos rapazes às vésperas de terem a primeira transa e por terem escolhidos loiras para serem as alienígenas fatais. Na verdade, terror mesmo nunca aparece além de alguns sustos nas visões do mocinho (Corey Sevier), uma versão juvenil do astro Colin Farrell.
O que resta – uma hora – é um amontoado de clichês do gênero, dos policiais e das pessoas não acreditarem no protagonista até o falso final como de costume. Não me importo com os tais clichês, mas que se sucedam de forma coerente e bem filmada. Decoys, ainda não entendi do porquê deste título, foi lançado diretamente nos EUA para vídeo/DVD. De todo ruim não é e foi anunciada uma seqüência. Para ser sincero, é melhor do que Prova Final (The Faculty) do Robert Rodriguez que trata de tema semelhante.