Crítica sobre o filme "Demência 13":

Marcelo Hugo da Rocha
Demência 13 Por Marcelo Hugo da Rocha
| Data: 29/11/2004

Produção pouco lembrada da filmografia do cineasta Francis Ford Coppola, cujo reconhecimento veio com o início da trilogia O Poderoso Chefão em 1972, Demência 13 muitas vezes é citada como sua primeira direção, ou pelo menos, seu primeiro trabalho sério. Com apoio de Roger Corman, de quem Coppola foi assistente antes de estrear como diretor, e por isto sua grande influência em realizar um filme de terror, Demência 13 segue o padrão do gênero.

Com mortes cruéis, um assassino misterioso, alguns suspeitos e um clima sobrenatural, lembra bastante um episódio de Contos da Cripta. Somos apresentados a uma família atormentada por uma tragédia e que é conduzida por uma matriarca dominadora. Uma das suas noras está de olho na fortuna e fará qualquer coisa para ser incluída no testamento, até matar... Partindo desta premissa, coisas estranhas começam a acontecer no castelo onde vivem, mas há outros motivos mórbidos por trás dos assassinatos.

O problema é que o suspense não é linear, pela abordagem superficial dos personagens e de muitas seqüências importantes, mesmo porque o filme tem apenas uma hora e quinze minutos. É uma pena, pois na mão de um diretor mais experiente poderíamos ter um clássico do cine-terror. De qualquer forma, é uma importante produção para a filmografia do diretor e para o gênero.