Pareceu até que a Fox nem tentou salvá-lo, fez pouca campanha para ele (não teve nem página inteira no New York Times), parece que estavam conscientes de que era uma bomba. Deviam ter pensado nisso antes, quando viram o filme que lhe deu origem, O Demolidor (Daredevil), onde Jennifer Garner roubava a fita como Elektra. O que não é muito, se considerando que com Ben Affleck isso era moleza. Mas esta fita é bem pior. Feito pelo diretor de Reino de Fogo e Arquivo X, o filme é baseado na história em quadrinhos de Frank Miller. Não conheço o original, mas arrisco a explicação. Ela é basicamente uma assassina, que já começa o filme matando um monte de gente friamente. Dali em diante só pode perder o espectador, que obviamente a rejeita. Acabamos ficando sem grandes explicações, por que mataram a mãe dela? Quem é aquela adolescente que ela protege tanto? Tudo isso fica mal justificado numa fita que parece mais seriado de TV, episódio daquelas adaptações de fitas japonesas Powers Rangers da vida. Garner, que tinha dado uma boa impressão antes, aqui neutra e apática. Tudo é tremendamente simples e superficial, com os tradicionais flashbacks e lutas em câmera lenta. Ela mata, depois tem outra missão, mas muda de idéia quando decide não liquidar um pai e filha. Mesmo assim age de forma infantil (comprometendo seu parceiro que se sacrifica por ela; será que ela não teria um plano melhor?). As lutas são muito fracas nestes tempos de delírios de Herói e Adagas Voadoras. E a fita é uma bobagem total, e muito confusa. Terence Stamp tem o ingrato papel do velho mestre, aqui chamado de Stick. Na verdade, achei tão fraquinho que nem me incomodou. Mas aqui nos EUA todos ficaram enfurecidos e o destruíram. Talvez até com exagero.