Um dos melhores filmes de 2004, sensível e emocionante. Bem produzido, a história do escritor de Peter Pan não chega a dar detalhes mais realistas da relação do autor com sua esposa e a inspiração de Peter Pan: uma viúva e seus 4 filhos. O filme começa lentamente, vai ganhando força, até o seu final que fez (e fará) muitos marmanjões chorarem, afinal, o tema é sempre comovente e que provoca um sentimento por vezes até escondido: a pureza, com as fantasias, as ilusões, a ingenuidade. Todos temos dentro de nós a criança que não quer ser adulta, que não quer crescer.

Com um elenco brilhante, desde o sempre ótimo Johhny Depp (Edward Mãos de Tesoura, Piratas do Caribe, Chocolate) até o ator mirim Freddie Highmore (que repetirá a dupla de sucesso com Depp em A Fantástica Fábrica de Chocolate), passando ainda por Kate Winslet (Titanic) e Dustin Hoffman (Kramer Vs. Kramer, Hook - A Volta do Capitão Gancho). A direção é bem competente, de Marc Forster, que já havia feito outro bom filme, A Última Ceia, que projetou Halle Barry ao estrelato. A direção de arte acompanha a ótima qualidade do filme, assim como a cenografia, fotografia e trilha sonora. Foi indicado em 7 categorias ao Oscar®, mas não ganhou nenhuma estatueta. Uma pequena injustiça, apesar dos concorrentes serem igualmente ótimos. Há cenas inesquecíveis, como a de Barrie (Depp) encantando as crianças com a fantasia de índio e, é claro, a comovente seqüência final.

Um filmaço, imperdível para crianças de todas as idades. Encantador, brilhante.