Crítica sobre o filme "Era Uma Vez no México":

Edinho Pasquale
Era Uma Vez no México Por Edinho Pasquale
| Data: 15/05/2004

Terceiro filme do personagel “El Mariachi” de diretor Robert Rodriguez (os outros foram El Mariachi e Balada do Pistoleiro), um diretor bastante interessante, seu primeiro filme, diz ele, foi realizado com 7 mil dólares e rendeu mais de 2 milhões, apenas nos EUA (na verdade, depois da produção o filme acabou custando cerca de 220 mil dólares, mesmo assim, um belo lucro), teve novo sucesso comercial neste, faturando quase 100 milhões (custou quase a metade). Depois dirigiu Um Drink Para o Inferno e Pequenos Espiões.

Neste filme, Banderas, que fez o papel principal no filme anterior, desta vez aparece menos e Salma (de Frida) apenas em flash-backs. Novamente quem acaba se saindo bem é Johnny Depp (Piratas do Caribe), um dos atores mais versáteis da atualidade (e um dos melhores). O filme é recheado com cenas de ação, tem uma trama um pouco confusa, mas que, com certeza, prende até o final, graças as histórias paralelas do ótimo elenco de apoio (até o transfigurado Mickey Rourke, de 9 e Meia Semanas de Amor, está relativamente bem). No elenco há muitos amigos de Rodriguez, Tarantino (Pulp Fiction, Jackie Brown, Kill Bill Vol 1) não pode atuar embora tivesse um papel especialmente escrito para ele (ele sugeriu o título do filme, numa homenagem a Sérgio Leone (Era Uma Vez no Oeste, Era Uma Vez na América) e até o colocou nos créditos) e o cantor Enrique Iglesias que até que sai bem! Os efeitos especiais são muito bons, não há, tecnicamente do que reclamar (foi filmado em formato digital de alta definição). Há algumas reviravoltas no roteiro (o que sempre prende a atenção, mas pode confundir quem não assistiu aos filmes anteriores), bons atores, boa trilha sonora... Enfim, trata-se de um filme bem acima da média.

Se você assistiu aos anteriores e gostou, não se surpreenderá, mas deverá gostar. Se você nunca viu nenhum dos três filmes anteriores, experimente. É puro entretenimento.