Crítica sobre o filme "Era uma Vez no Oeste":

Edinho Pasquale
Era uma Vez no Oeste Por Edinho Pasquale
| Data: 08/12/2003

Obra-prima do faroeste, este filme é o primeiro de uma das trilogias de Sergio Leone (os outros dois desta trilogia sobre a América são Quando Explode a Vingança e Era Uma Vez na América), um diretor que já havia feito outros bons westerns com Clint Eastwood. Tem um roteiro brilhante, onde a personagem feminina de Claudia Cardinale é a principal, recurso não utilizado até então, o do uso da personagem feminina com destaque num faroeste. Leone impõe uma narrativa lenta, até cansativa para alguns, mas com o excelente apoio da trilha sonora de Enio Morricone, nos trás recordações memoráveis (a cena inicial é um ótimo exemplo de de como se faz cinema, com ingredientes que prendem o espectador). A utilização de planos abertos, dando uma sensação de amplitude e de close-ups bem fechados, o que poderia ser uma armadilha, funciona muito bem. É outra marca registrada do filme.

Os atores também estão no melhor de suas interpretações, com destaque para Henry Fonda e Charles Bronson (praticamente calado). Voltando ao roteiro, vale dizer que ele foi feito por Leone, os depois consagrados cineastas Bernardo Bertolucci (O Último Imperador, O Último Tango em Paris) e Dario Argento (que se especializou em filmes de terror, como Suspiria e Profondo Rosso).

Para quem gosta de um bom faroeste, este é imperdível. Para quem não aprecia o gênero, vale ao menos dar uma espiada para conhecer um pouco sobre a estética no cinema. Basta não se importar com o excesso de violência.