Crítica sobre o filme "Extermínio":

Marcelo Hugo da Rocha
Extermínio Por Marcelo Hugo da Rocha
| Data: 22/11/2004

Os diretores britânicos Danny Boyle e Guy Ritchie são tratados como estrelas nos domínios do Príncipe Charles, Oasis e Beckham. O primeiro, por Trainspotting (96), e o segundo, por Snatch (2000). Como todos os demais citados, passaram por maus bocados: Danny, pelo incompreensível A Praia (2000) e Guy - e sua atual esposa Madonna – pela bobagem romântica Destino Insólito (2002). Mas Extermínio pode ser a grande volta de Danny, também digno de ser lembrado por Cova Rasa (1994).

Extermínio rompeu com as “regras” fincadas por George Romero sobre os mortos-vivos, na qual desde sempre foram bobões e lentos. Aqui eles são ágeis e muito mais agressivos devido ao vírus que se espalha na Inglaterra. Em apenas 20 segundos depois do contato, a pessoa se transforma num animal. A premissa é excelente: sujeito acorda sobre uma cama no hospital completamente deserto, desorientado sai pelas ruas também vazias de uma Londres intacta, mas sem o rastro de uma viva alma. É inevitável o terror em nossa imaginação se estivéssemos no lugar dele. A partir disso e acompanhados de uma excelente trilha sonora, tentamos sobreviver à jornada ao fim do mundo com os protagonistas, encabeçado pelo novo queridinho da imprensa britânica, Cillian Murphy (que tentou a vaga de Batman para o novo Batman, o Começo, mas já está escalado para projetos de Wes Craven).

Por fim, os prêmios de Extermínio, entre eles Melhor Filme de Horror do importante Saturn Award de 2004 e o Fantasporto de 2003, e o sucesso de bilheteria só nos EUA (arrecadou mais de 6 vezes o que custou) não me deixam mentir da qualidade que temos em mãos enquanto são lançadas tantas porcarias neste gênero atualmente. Imperdível! Corre boatos de uma continuação: “28 months later”.