Crítica sobre o filme "Deep Purple: Live at Montreux 2011":

Robson Candêo
Deep Purple: Live at Montreux 2011 Por Robson Candêo
| Data: 24/02/2012

O Deep Purple surgiu em 1968 com o nome de Roundabound. Foi o vocalista Ritchie Blackmore quem sugeriu que o nome da banda mudasse para Deep Purple, título de uma música que sua avó gostava. Seu primeiro single lançado atingiu o quinto lugar das paradas norte-americanas, sucesso que não se repetiu nos primeiros álbuns. Após algumas mudanças nos integrantes, a banda então decide gravar um rock pesado que a colocou no primeiro time de rock da época. O auge foi alcançado com o álbum “Machine Head” de 1972, que trouxe os clássicos “Highway Star” e “Smoke on The Water”. A banda, considerada como um dos grupos mais importantes da década de 71, teve várias mudanças de seus integrantes, sendo que foi um dos grupos que mais trocou de músicos na história do rock´n´roll. Um das bandas mais importantes do hard rock, eles colecionaram grandes sucessos e alguns fracassos retumbantes. Ainda assim o Deep Purple continua vivo e disposta a encarnar o velho espírito rock´n´roll em turnês pelo mundo.

Não é a primeira vez que a banda toca com uma orquestra, mas cada vez eles conseguem se superar em jovialidade e entusiasmo, como se ainda tivessem 20 anos de idade e estivessem no auge da carreira. Nesta apresentação, o Deep Purple contou com a presença da Orquestra Filarmônica de Frankfurt com 38 músicos que fazem com que a apresentação fique ainda melhor, com vários violinos, celos e alguns outros instrumentos, aliados aos novos arranjos das músicas. A banda é excelente, tocam como poucos, todos têm grande presença de palco e Ian Gillan é um vocalista excelente.

O show começa com a orquestra fazendo uma abertura bem legal, e então a banda aparece no palco com uma energia que só vai acabar quando o show terminar. Ian Gillan com toda a sua força no vocal, conduz seus colegas por vários sucessos antigos, entre outras ótimas músicas. Ian Paice na bateria é incansável, enquanto que Steve Morse na guitarra é imbatível, executando solos incríveis em vários momentos. Lógico que não dá para ignorar Roger Glover no baixo, que se não aparece tanto quanto os colegas, é ainda sim, uma presença marcante. Por último, tem Don Airey nos teclados, que se divide entre o som inconfundível do órgão Hammond e o teclado mais moderno.

Difícil destacar canções em um show como esse, pois todas as músicas são ótimas. Mas as mais conhecidas mesmo são “Smoke on the Water” – uma clássica da banda; a ótima “Hush”; e “Strange Kind of Woman” que também é nota 10.