Crítica sobre o filme "Garota Veneno":

Edinho Pasquale
Garota Veneno Por Edinho Pasquale
| Data: 15/02/2004

Este é um daqueles típicos filmes sobre adolescentes, feito para adolescentes (de qualquer idade). O assunto, que já foi melhor tratado em “Quero Ser Grande”, “Um Espírito Baixou em Mim” e “Vice-Versa”, nos anos 80, parece, no início, fazer com que esta fita seja daquelas tipo “filme de uma piada só”. Os ingredientes para chegar a uma conclusão sobre ele vão se somando: produzido por Adam Sendler (que faz uma ponta), amado por um e odiado por outros tantos; lidar com tema tabu, a troca de sexos; mais um ator vindo do “Saturday Night Live”, Rob Schneider, que à exemplo de Sendler tem a mesma receptividade. Já dá para imaginar o resultado? Não.

O que tudo indicaria para um filme bobo poderá surpreender. Há algumas boas piadas (claro que há as ruins, que mesmo assim podem agradar a alguns) e situações (como as relativas aos pais da protagonista). Schneider até que está bem, o papel não exige tanto. O roteiro e direção exploram razoavelmente bem o tema sexual (há insinuações de homosexualidade e outros tabus que neste século já não se incomodam mais) e dá até algumas lições de moral (como as do irmão menor, em vários sentidos).

Resumindo: esvazie a cabeça, não se preocupe com uma história cheia de furos e inverossímil e assista sem compromisso. Você poderá se divertir. Mas atenção: se você não gosta de pelo menos dois dos “ingredientes” citados acima, fuja.