Crítica sobre o filme "Gato, O":

Edinho Pasquale
Gato, O Por Edinho Pasquale
| Data: 02/04/2004

O escritor Dr. Seuss nunca foi popular no Brasil, suas histórias nunca emplacaram por aqui, vide o exemplo de Grinch. Eu confesso que não li nenhuma (quando criança/adolescente lia Monteiro Lobato) e, portanto, não posso fazer a comparação com a obra original. Como filme para crianças, é mediano, não consegui identificar para qual a faixa de idade este filme poderia ser mais adequada. Por vezes os menores podem gostar, por outras os mais crescidinhos. Mas como sempre, por ser um filme para este público, o infantil, a boas situações que devem divertir e a sempre lição de moral. Desta vez, que tudo é permitido, desde que com moderação.

Há por vezes bons momentos e boas atuações, Mayers está, apesar de sua caracterização, bem à vontade no personagem principal. As crianças tem um razoável desempenho e os ajudantes do gato são talvez o melhor do filme. Se o roteiro não chega a brilhar, há de se destacar o excelente trabalho de maquiagem e, principalmente, de desenho de arte e fotografia. Tudo bem forçado, com cores fortes predominando. O bairro onde a família mora é em realizado, com “casas perfeitas e iguais”, uma boa crítica por tabela. Mas talvez por ser tudo muito exagerado, inclusive a atuação dos adultos (Kelly Preston está quase irreconhecível), pode incomodar alguns.

No geral, para quem viu o desenho original e o livro, se decepcionou bastante, foi um certo fracasso nas bilheterias. Para a cultura americana, que se acostumou a ler os livros de Dr. Seuss, o filme foi muito mal avaliado. Mas se você encarar apenas como entretenimento, dá pra assistir. Não é nenhuma maravilha, mas na falta de opção tente este. Pelo meno é curto.