Crítica sobre o filme "Grito, O":

Edinho Pasquale
Grito, O Por Edinho Pasquale
| Data: 29/08/2005

O Grito é mais uma refilmagem norte-americana de um filme de horror japonês, no caso Ju-On, dirigido em 2003 por Takashi Shimizu (por sua vez, baseado numa realização de Shimizu feita em 2000 especialmente para vídeo). Mas ele já leva vantagem sobre, por exemplo, O Chamado, uma vez que Sam Raimi (Homem-Aranha), o produtor da refilmagem, decidiu utilizar o diretor do original, Shimizu, e inclusive a maior parte de sua equipe. A trama do filme não é muito complicada, trata-se na essência da velha história de uma casa onde ocorreram fatos trágicos e que agora está assombrada por fantasmas em busca de vingança.

A originalidade da coisa está, em primeiro lugar, pelo “toque japonês”, que ao enfatizar a ambientação e elementos sobrenaturais criados com o uso mínimo de computação gráfica, proporciona sustos genuínos no espectador. Também, o filme é contado de forma não-linear, o que lhe dá um ar mais intrigante, misterioso. Para complementar, o Japão foi mantido como palco da ação, o que ajuda a acentuar o senso de isolamento dos personagens ocidentais.

O elenco norte-americano, onde se destacam alguns rostos conhecidos do cinema e da TV como Sarah Michelle Gellar (Buffy, a Caça-Vampiros), Bill Pullman (Independence Day) e Grace Zabriskie (Twin Peaks) é um atrativo à parte. No conjunto, de todas estas refilmagens de filmes de terror japoneses, O Grito foi a que mais me agradou – e assustou. A versão do filme disponível neste lançamento possui sete minutos de cenas adicionais (principalmente diálogos), que se não fazem muita diferença, também não prejudicam. É um ótimo programa para os fãs do gênero.