Confesso que só descobri a existência dos quadrinhos de Mike Mignola quando soube da produção deste filme, nunca os li e portanto não tenho como fazer uma comparação. Dito isto, achei este HELLBOY um híbrido que lembra em alguns momentos X-MEN (uma equipe de mutantes combatendo os vilões), porém com um senso de humor muito próprio. O filme se beneficia da atuação esplêndida de Perlman, que faz de seu bizarro Hellboy um super-herói não apenas poderoso, mas principalmente simpático e bem-humorado - aliás, como o filme em si. Mesmo com cenas de ação que não fogem à rotina das produções atuais, nas quais o protagonista passa a maior parte do tempo combatendo monstrengos digitais, HELLBOY conta com os talentos do diretor Guillermo Del Toro (que busca não se render aos excessos da computação gráfica, deixando espaço para os personagens se desenvolverem), Perlman, do especialista em maquiagens Rob Bottin e do compositor Marco Beltrami, todos em seu ponto máximo. É uma grande diversão, e já com uma continuação prevista para 2006. Esta Edição do Diretor possui 10 minutos a mais de duração que a versão exibida nos cinemas. Apesar de tornar o filme um pouco mais lento (foram acrescidos, essencialmente, apenas diálogos) as cenas adicionais desenvolvem melhor alguns personagens, como os vilões e Liz.