Crítica sobre o filme "Hipotermia":

Marcelo Hugo da Rocha
Hipotermia Por Marcelo Hugo da Rocha
| Data: 15/03/2005

Um título pouco conhecido, mesmo para os fãs de filmes “made in Hong Kong”, Hipotermia felizmente é apresentado para nós no vácuo da carreira de John Woo, o diretor mais conhecido do cinema pop oriental, que por coincidência trabalhou com Patrick Leung em duas oportunidades: na obra-prima Fervura Máxima (1992) e no violento Bala na Cabeça (1990). E é evidente que Leung, responsável aqui pela direção, aprendeu tudinho com o mestre Woo.

Segue a história de uma assassina que desconhece seu passado, e como informa a capa do DVD, “matar é tudo o que ela sabe fazer” até se apaixonar por um sujeito que só sabe fazer macarrão. Tudo ia muito bem até um guarda-costas resolve vingar a morte do patrão, assassinado pela protagonista. Cenas impressionantes de tiroteios, como nos velhos tempos de Woo, graças ao recurso da câmera lenta, e sequencias ricas em detalhes, como na abertura do filme, quando a cápsula defragada cai sobre um bloco de gelo derretendo-o.

Tenho que admitir, o pupilo (Leung) superou o mestre (Woo) e todos os outros que já tentaram uma carreira em Hollywood, como Tsui Hark e Ringo Lam (ambos já dirigiram Van Damme). Hipotermia é maravilhoso, intenso, dramático como raros filmes do gênero conseguem ser (Fervura Máxima e The Killer – O Matador, clássicos pela mão de John Woo).