Crítica sobre o filme "Hitch - Conselheiro Amoroso":

Edinho Pasquale
Hitch - Conselheiro Amoroso Por Edinho Pasquale
| Data: 01/08/2005

Confesso que antes de se iniciar o filme fiquei com um certo receio. Afinal, Will Smith sempre alternou entre bons e péssimos filmes. Como ele se sairia como um “conselheiro amoroso”? Como isto seria tratado? Com a mesma simpatia dele, Smith, ao vir para o Brasil quando da estréia do filme para a sua divulgação. Um filme leve, que acaba prendendo a atenção, desde que não sejamos muito exigentes. Aliás, vamos deixar um pouco de lado os preconceitos e exigências, afinal, por que não um filme pode apenas nos divertir e tocar em assuntos do nosso dia-a-dia, principalmente os sentimentais, sem grandes pieguices?

Todos os temas amorosos estão ali, mas quem realmente rouba a cena é o divertido Kevin James, que, como ator, está presente na série de TV “The King of Queens”, como o protagonista desde 1998, sendo exibido até hoje na TV por assinatura. Ele está moderado, não caricato demais, mas que provoca boas situações cômicas pelo seu jeito desajeitado. E que dá bastante credibilidade ao personagem. Já Smith é o mentor das situações em que a grande maioria das pessoas passa: como se comportar em encontros, ou melhor, como ser o menos pior possível, para quem não tem o traquejo natural de alguns. O filme tenta em certo ponto mostrar que o verdadeiro amor é o que restará e abomina os mais sem escrúpulos. Ou seja, vai de encontro à grande maioria da população que simplesmente quer encontrar seu par perfeito e ser feliz. Tanto quanto o personagem de Smith, que se envolve com uma também cética personagem vivida por Eva Mendez, boa atriz (como em “Era Uma Vez no México” e “Por Um Triz”) no papel que era para ser de Jennifer Lopez. Mas a substituição está ótima. Aliás, aqui está o par central e a verdadeira moral da história.

No geral, o filme vai prendendo a atenção e cumprindo o seu papel: de entreter, ao se envolver na trama e até torcer pelos seus personagens. Perfeito para a grande maioria do público, ou seja, aos que sabem o que é o amor, aos que esperam por um e até para os que não acreditam nele. Mas que é um assunto inevitável, isto é. Com competência, sem grandes pirotecnias, apenas um bom divertimento.