Crítica sobre o filme "Irmão Urso":

Edinho Pasquale
Irmão Urso Por Edinho Pasquale
| Data: 23/06/2004

Uma produção da Disney que teve um relativo sucesso nos cinemas, feito desta vez com a sua sempre competente animação “tradicional”, ou melhor, sem as recentes parcerias com a Pixar, quando realizou excelentes desenhos totalmente produzidos por computador (Monstros S/A). Hoje mesmo a chamada “animação tradicional” é finalizada em computador. Mas desta vez não é nenhuma obra-prima da animação e sua estória pode ser um pouco confusa para as crianças menores, talvez exatamente por isso a “demora” para engrenar, pois há muito o que explicar (cerca de meia-hora) antes da sempre competente lição de moral para crianças, com ótimos personagens e canções da Disney. Porém, as músicas não são tão especiais assim, e quem “rouba a cena” são os personagens coadjuvantes, os alces Tuke e Rutt (dublados no Brasil por Luis Fernando Guimarães e Marco Naninni, também com grande destaque. Há de se salientar ainda que quem faz a dublagem do personagem principal foi Selton Melo, de Lisbela e o Prisioneiro, para quem não sabe fez muitas e ótimas dublagens na sua carreira).

Realmente, por se tratar de lendas indígenas, por incrível que pareça, tanto para os EUA como para nós, brasileiros, elas não são tão divulgadas, apesar das nossas origens. Mas com a competente utilização dos elementos tradicionais, desde a comédia, passando pela aventura, o tradicional drama e seu “final-feliz-com-lição-de-moral”, o filme acaba agradando. Acabou sendo um relativo sucesso de bilheteria no mundo, rendendo aos cofres da Disney pouco mais de 220 milhões de dólares nos cinemas do mundo. Chegou a ser indicado ao Oscar® de 2004 como melhor animação, mas não levou. Repito: não é um desenho genial, mas certamente agradará as crianças mais crescidas. Ou aos que sempre tem na alma a sua eterna criança. Mesmo sendo uma obra menor e mediana.