Crítica sobre o filme "Jardim Secreto, O":

Elenise Peruzzo dos Santos
Jardim Secreto, O Por Elenise Peruzzo dos Santos
| Data: 08/03/2004

A literatura juvenil de Frances Hodgson Burnett ganha forma no belíssimo “O Jardim Secreto” (The Secret Garden, 1993). Tema de inúmeros filmes desde 1919, desta vez é a diretora Agnieszka Holland que planta a semente e oferece suas flores. O roteiro é ingênuo, talvez previsível, mas prende a atenção por conter fotografias lindíssimas do que poderia ser comparado a um verdadeiro Jardim do Éden.

Quando a pequena e amarga Mary Lennox deixa a Índia para morar numa bucólica Inglaterra do século XIX, onde suas únicas companhias se resumem aos serviçais da mansão de seu tio, acaba por ceder à curiosidade, adentrando em zonas proibidas da casa. É a chave para toda a seqüência de fatos que dará vida a esse conto de fadas. Não é, necessariamente, uma história para meninas. Encoberta pela doçura dos atores-mirins que atuam no filme, existe uma mensagem rica, que valoriza virtudes como a amizade, o companheirismo, o respeito à natureza e à família, figuras pouco preservadas nas películas contemporâneas.

Assista no final de semana, de preferência à tarde, e abrace seus filhos (cachorro, gato, namorado também vale) quando os créditos finais rolarem pela telinha...