Crítica sobre o filme "Justiceiro, O":

Marcelo Hugo da Rocha
Justiceiro, O Por Marcelo Hugo da Rocha
| Data: 17/06/2005

Há dois momentos bem distintos nas adaptações de histórias em HQ para as telas de cinema: o fracasso retumbante de Batman & Robin (1997) e o mega sucesso de Homem-Aranha (2002). Os cinco anos que separam estas produções marcaram a incerteza deste tipo de adaptação, mesmo que X-Men (2000) tenha feito bonito nas bilheterias. Os investidores de Hollywood também acabaram encontrando nos vídeos-games um caminho para fortuna. Mas a retomada das adaptações das histórias em quadrinhos trouxe muitos outros heróis mesmo pouco conhecidos ao público em geral. O Justiceiro é um destes.

Apesar do ator Dolph “Drago” Lundgren ter vestido a camiseta do justiceiro numa produção chinfrinha de 1989, a MARVEL nunca deixou de lado a idéia de contar com mais recursos para trazer novamente às telas a saga deste herói urbano e sem poderes. Talvez o encanto esteja justamente na simplicidade da história de Frank Castle, aqui interpretado pelo razoável Thomas Jane. A vingança é o mote de sua saga, pois não há muitos detalhes ou características peculiares a respeito. O sujeito perdeu seus entes queridos assassinados e procura aniquilar com aqueles que o fizeram.

Mas tudo poderia ser mais fácil, se os responsáveis não colocassem seqüências estúpidas de tão bobas, como um assassino contratado para matar Castle entra num bar em que a vítima se encontra e toca uma música, fala uma ou outra frase, e vai embora... Ou dos vizinhos tão estereotipados do nosso herói, incluindo a maravilhosa Rebecca Romjin-Stamos. Exceto pelas cenas pirotécnicas bem elaboradas, seria fácil estar na programação da Sessão da Tarde. Na Tela Quente seria mais digno... Aguardem para a continuação prometida para 2006.