O grande interesse deste filme é saber como os irmãos Wachowski, responsáveis pela trilogia Matrix, se saem sem as toneladas de efeitos especiais que os guindaram ao estrelato. Apesar disso, destaca-se o visual do filme que bem lembra, com mulheres estilo “poderosas” em roupas de couro preto. E não foi a minha surpresa que o filme é bacana sim, pelo menos bem melhor que Assassinos (1995), com Stallone e Banderas, roteiro por conta dos irmãos. Um suspense erótico que nada lembra as porcarias que passavam na Band. Com um roteiro inteligente, também ‘cria’ da dupla, a perspectiva de um golpe fabuloso das duas protagonistas lésbicas – daí talvez a conotação sexual – contra o ex-namorado de uma delas junto ao seu patrão que é da máfia local resulta num filme vertiginoso.
Não é por menos, que levou alguns prêmios importantes de festivais alternativos, como melhor filme no Fantasporto de 1997, realizado anualmente na cidade de Porto, Portugal e que já premiou Se7en (95) e Amores Brutos (2000). E o beijo entre as atrizes Jennifer Tilly (mundialmente reconhecida como a ‘noiva’ do boneco assassino Chuck) e Gina Gershon foi indicado na categoria própria no MTV Awards... Por fim, é um filme que vale por si só e não apenas como ‘o primeiro dirigido pelos criadores de Matrix’.
FALHA NOSSA: Aos 37 minutos e 15 segundos do filme a gravata, colocada sobre a camisa suja de sangue, some como um “passe de mágica”, quando o ator entra na cozinha conversando com Violet (Jennifer Tilly).