Este é mais um daqueles filmes de suspense policial, como tantos outros, com um final surpresa. Você já leu isto antes? Já ouviu falar de que um filme tem muitos “clichês”? Pois é. Não há muito o que falar senão cair neste mesmo lugar comum. É um filme que prende a atenção, o personagem central vivido por Ashley Judd tem o comportamento de uma mulher “contemporânea”, ou seja, tem o chamado sexo casual com quem deseja, há um serial killer cujas provas de quem ele é são apontadas para uma direção que certamente mudará (ou não?), algumas cenas de violência explícita (mas nada muito diferente dos “estragos” causados pelos pitboys em brigas de boates), enfim, ingredientes de um filme que pode ser visto sem problemas para quem aprecia.
Os atores estão bem, Samuel L. Jackson tem um papel menor, mas importante, e, como sempre, está muito bem, Ashley Judd tenta convencer em um papel “difícil” mas “falta alguma coisa”. Idem com Andy Garcia. Falta uma direção mais eficiente. O cenário desta trama é bem interessante, a sempre bela São Francisco, mas nada que justifique seu orçamento de US$ 50 milhões. Há algumas falhas até meio grotescas (como uma policial pode viver bebendo como uma “draga” à noite e no dia seguinte não ter nem uma aparente ressaquinha?) e o final-surpresa pode até ser descoberto logo no início do filme pelos mais familiarizados com o gênero.
Enfim, é o típico filme que pode ser visto sem grandes pretensões. Depois de Seven – Os Sete Crimes Capitais a maioria dos filmes do gênero parecem sub-produtos...