Crítica sobre o filme "Marcas da Vingança":

Marcelo Hugo da Rocha
Marcas da Vingança Por Marcelo Hugo da Rocha
| Data: 03/04/2005

Taí um filme a ser descoberto pelos responsáveis pela grade de programação cinematográfica dos canais de TV aberta. Um drama/suspense estrelado por atores conhecidos, porém de baixo custo, que agradará em cheio a um universo de espectadores não exigentes. Joseph Fiennes, de Shakespeare Apaixonado (98), é um serviçal de um hotel em Miami quando cai de amores por uma hóspede casada, a linda e quase-promessa Gretchen Mol. O rápido romance é descoberto pelo marido e crápula interpretado por Ray Liotta, que chegou a ser promessa, mas ficou só nas produções B.

A partir disso, parece que tudo seguirá a cartilha dos triangulos amorosos, porém, para a felicidade geral, há pequenas surpresas que não estavam reservadas. Só o fato de ser contado, em parte, através de flashbacks, é um ponto a ser creditado ao diretor e roteirista Paul Schrader, responsável pelos controvertidos textos de Taxi Driver (76) e A Última Tentação de Cristo (88), e por fim, ficou conhecido como o diretor que depois de ter finalizado O Exorcista: o Começo (2004) foi demitido. Por isto, não se espante com o final, uma pérola no gênero.