Crítica sobre o filme "MIssão Perigosa":

Marcelo Hugo da Rocha
MIssão Perigosa Por Marcelo Hugo da Rocha
| Data: 24/07/2003

O que esperar de um filme que nem chegou aos cinemas, sendo lançado diretamente em DVD e VHS? O que esperar de um filme com Sylvester Stallone em tempos atuais? Uma injustiça! Missão Perigosa é o seu melhor filme desde Risco Total (1993). Por incrível que pareça, foi deliciosa esta sessão. Daquelas que você sai sorrindo depois de encerrada. É claro que antes de dar o derradeiro PLAY para iniciá-la, desligue o seu cérebro. Divertimento garantido!

Stallone está perfeito como guarda-costas de um mafioso (Anthony Quinn no seu último papel antes de falecer em junho de 2001), dividindo as atenções com a atriz Madeleine Stowe, simplesmente maravilhosa (e a vontade no papel de uma riquinha) aos seus 45 anos de idade. Até aos 10 minutos de filme, Quinn rouba a cena, depois em flashbacks, é figura marcante. Apesar da familiaridade com o mundo da máfia, lembrando sempre da violência explícita, Missão Perigosa nunca chega a este ponto. Quem suspeita que encontrará ação vertiginosa, ficará decepcionado. Bastante discreta, dá lugar a comicidade das situações e do romance, que por trás de tudo, certamente despertará ao cabo do filme. De certa forma, lembra de uma produção não compreendida pela grande maioria, talvez por transitar entre alguns gêneros cinematográficos, mas muito simpática, A Mexicana (2001).

Acredito também que a química dos protagonistas Stallone/Stowe funcionou perfeitamente, ajudando em muito para contar um estória simples mas muito bem ‘amarrada’. Deverá fazer sucesso nas locadoras. Aguardemos Spy Kids 3, Stallone no ‘cinemão’ novamente.