Crítica sobre o filme "Na Teia da Aranha":

Marcelo Hugo da Rocha
Na Teia da Aranha Por Marcelo Hugo da Rocha
| Data: 03/03/2002

Segue a continuação do sucesso de BEIJOS QUE MATAM (97). Com certeza, segue também a máxima que as continuações são piores que os originais. Na verdade, nem tão "continuação", porque somente o protagonista está presente e não há referência do filme anterior. Morgan FREEMAN, depois de SEVEN, ficou com cara de "policial cativante", com aquele olhar de "paizão" ou "protetor". E as pessoas quando voltam aos cinemas querem exatamente esta "interpretação". Acho um bom ator, porém, para um filme de ação, um tanto limitado pela idade (64).

A trama é demais conhecida: maluco rapta filha de político. A partir desta linha, com reviravoltas (sem surpresas) e traições, tudo acaba sem graça alguma. Esperava bem mais deste suspense, que causa irritantes bocejos. A seqüência inicial é tão desnecessária quanto outras peças no filme (quem não lembrou da cena inicial de RISCO TOTAL com Stallone?). Muitos vão me crucificar, porque sei de muita gente que gostou (bastante) deste filme, e poucas vezes, tenho tanta convicção (arrecadou mais de 3 vezes do que custou - 28 milhões de doletas - o que dá certa idéia da minha suspeita). Mas quem me chamou a atenção foi esta tal de Monica POTTER, um clone loiro de Julia ROBERTS. Como são parecidas!! Lembrei desta garota de PATCH ADAMS (fez também CON AIR). Só espero que os produtores esqueçam por algum tempo do Dr. Alex Cross (e os serial-killers...).