Crítica sobre o filme "Noite Americana, A":

Edinho Pasquale
Noite Americana, A Por Edinho Pasquale
| Data: 03/08/2003

Este filme é um tributo ao amor pelo cinema. O diretor francês Truffault, um dos melhores cineastas franceses (realizou filmes como “Fahrenheit 451”), falecido aos 51 anos vítima de um tumor cerebral, não era popular, ou seja, era considerado um excelente diretor, mas de obras mais “cabeça” (bobagem, cinema é cinema...). Este foi seu filme mais popular, depois de ter realizado filme importantes, como “Uma Mulher Para Dois”, “Os Incompreendidos “, e de suas participações como ator (“Contatos imediatos de 3º Grau”).

O filme mostra os bastidores de um filme, trazendo cenas memoráveis (a de filmar o gato, por exemplo), personagens por vezes muito próximos da realidade do cinema - as crises da estrela, interpretada pela linda Jacqueline Bisset, no auge da beleza e carreira, a outra que não consegue decorar a fala (que valeu a Valentina Cortese uma indicação ao Oscar ® de Melhor Atriz Coadjuvante, prêmio dado à Ingrid Bergman que disse na cerimônia ter sido uma injustiça Valentina não ter vencido) -, numa linguagem direta, popular, com um excelente roteiro. A produção é bem simples (contraponto à verdade de se fazer um filme, por vezes bem difícil) mas realista, venceu o Oscar ® de Melhor Filme Estrangeiro.

Um filme feito por alguém que adorava a sétima arte, o cinema, pode ser visto sem “medo”. Uma pequena aula de como se fazer um filme.