Na febre que contagia todos os amantes do cinema de ficção atualmente, com o lançamento da regravação deste filme por Tim Burton, não poderia faltar a análise do filme original, onde Charlton Heston é quem faz o papel do astronauta que, após uma viagem pelo espaço, aterriza em um planeta desconhecido, onde encontra uma realidade um tanto estranha, com macacos agindo como homens e este como escravos e seres experimentais.
O filme foi realizado em 1967, onde os recursos tecnológicos eram, digamos, precariíssimos perto dos que temos hoje. Mas mesmo assim, o filme mantêm-se intrigante, com cenas memoráveis, tudo, inclusive, com ajuda de uma impecável remasterização digital, tanto do som quanto da imagem.
O filme teve um sucesso estrondoso à época em que foi lançado, como agora está tendo a sua regravação, de Tim Burton, lançada nos cinemas neste ano, embora com concepções um tanto contraditória e história um tanto modificada.
Depois, houveram outras quatro continuações, além de seriados para a televisão que, no entanto, não tiveram a mesma "graça" do público.
A cenas mais chocante e comentada é o final, onde resta clara a crítica à atuação do ser humano para com o planeta e a natureza já naquela época. Talvez por isso tenha impactado tanto aos espectadores. As agressões continuaram acontecendo diuturnamente ao mesmo tempo que a consciência da população evoluiu, em muito.
O filme causou tanto furor à época, que chegou a ganhar uma Menção Honrosa da Academia pela impressionante maquiagem de John Chambers na concepção dos macacos, o que hoje nos parece artesanal (coisas da vida). Foi, também, indicado a dois Oscar (figurino e roteiro original).
Um filme clássico que, na minha opinião, não pode ser esquecido, deve ser visto, revisto e assimilado, principalmente pelos nossos "burros Governantes".