Crítica sobre o filme "Profecia, A":

Marcelo Hugo da Rocha
Profecia, A Por Marcelo Hugo da Rocha
| Data: 11/09/2003

Recordo daquelas expressões que são publicadas nos cartazes ou capas de filmes como propaganda... A de PROFECIA, seria algo assim: "Um clássico do suspense! Um filme que a ´besta´ se recusaria a assistir". Mesmo que possam me acusar de que o filme é de gênero diverso, "terror" não se encaixaria. Sei lá, é mais um drama do que uma estória fantástica que estamos acostumados a classificar como "terror", com monstros, aliens ou serial killers bobalhões... Um clássico como O EXORCISTA, sem dúvida alguma. Você sai da sessão petrificado, e mortalmente "diferente", ah, tenha certeza disto, com vontade de folhear a Bíblia e procurar alguma coisa para se tranqüilizar.

E o TERROR toma conta com a trilha de Jerry GOLDSMITH, que depois de dezenas de indicações ao Oscar, levou o seu primeiro com este filme (e é justamente a ausência do clima que provoca, as demais continuações são como um passeio no parque). Este é um filme sem "momentos" como gosto de me referir a cenas que marcam. Todo a projeção, como já me referi, é um único momento. Quem é que disse que o "medo" precisa se identificar com jorros de sangue, caras mascaradas e gritos histéricos de jovens desmiolados? Ao contrário, temos movimentos e cortes de câmera, insinuações, ângulos inusitados (como a queda do aquário) e o excessivo foco nos olhos e rostos dos personagens.

Seguiram-se mais três continuações, sendo que a última foi realizada para TV. Penso que o final do filme deveria ter deixado em aberto sem buscar outras explicações. Das curiosidades, o guri que fez Damien nunca mais deu às caras no cinema, apesar de ter sido indicado ao Globo de Ouro de melhor estréia de um ator. Assista ao filme! Para finalizar, outra frase de propaganda... "Cinco Estrelas! Não entre em pânico depois da sessão!". Ou se preferir a frase dos Los Angeles Time: "Uma experiência absolutamente aterrorizante, que prenderá sua atenção do início ao fim".