Uma refilmagem é sempre perigosa. Por vezes temos alguma fidelidade à obra original (Um Golpe À Italiana), por outras tenta-se modernizar a trama. È o caso deste filme. Há também dois modos de se analiza-lo: comparando com o original e como filme em si. Aqui vou me ater ao segundo, já que não se trata de nenhuma obra-prima do filme de origem. Apenas como comentário, há muitas diferenças entre este e o chamado original. Se fossemos por este caminho, a crítica seria bem diferente. Há muito pouco em comum.

Levando todos estes fatos em conta, este é um filme razoavelmente competente, ou seja, é um filme que prende a atenção. Com um enredo que por vezes pode até parcer inverossímel, conta com o bom elenco para sustentá-lo e com algumas boas cenas de ação. Não é nenhuma maravilha, mas também não compromete. Um filme que pode ser muito bem assistido para os padrões atuais. Há no elenco Charlize Theron (ganhou o Oscar® em 2004 por Monster) e um sempre competente Donald Sutherland. Edward Norton por vezes exagera com os personagens sempre meio “homem-mau”, mas é competente. Há ainda Mark Wahlberg, que foi um sucesso (principalmente em vídeo) em Rockstar.

Se por vezes o roteiro pode parecer absurdo, é um filme de entretenimento. Ou seja, melhor que os filmes realizados na sua grande média para este fim e nada de excepcional para ser um supre-hiper-sucesso (teve uma renda de mais de 100 milhões de dólares nos cinema e 70 milhões em DVD, apenas nos EUA, o que não é nada mal). Mas que no final das contas, dá pra assistir. E até gostar.