Crítica sobre o filme "Shine - Brilhante":

Edinho Pasquale
Shine - Brilhante Por Edinho Pasquale
| Data: 10/05/2005

As biografias de personagens vivos quando da realização do filme nem sempre têm sucesso. Com temas normalmente difíceis, neste filme a regra não foge à exceção. Um filme sensível, bem dirigido e interpretado, onde Geoffrey Rush ganhou os principais prêmios da época, numa brilhante (não se trata de trocadilho) interpretação de um pianista que tem a conturbada vida de um gênio que teve os pais com sérias seqüelas de um dos maiores males do século XX, o holocausto.

O filme retrata a humanidade do personagem principal, com sensibilidade e habilidade fora-de-série. O tema mais importante relata a dificuldade entre a genialidade e a inveja, seja (principalmente) familiar, de um pai que não pode reconhecer o brilhantismo e capacidade de um filho. O filme tem todas as boas características que podem e prendem a atenção. Drama (e até humor) na medida certa, num roteiro bem elaborado e com uma direção e fotografia importantes. E, repito, o brilhantismo de Geoffrey Rush. Brilhante não é só o tema, mas também a realização de um filme importante, até pouco visto por aqui. Não deixe de ver, seja pelo filme, pela atuação de Rush, pelo requinte musical (o próprio biografado Helfgot interpreta as excelentes performances ao piano da exuberante trilha sonora).