Crítica sobre o filme "Terminal, O":

Edinho Pasquale
Terminal, O Por Edinho Pasquale
| Data: 05/04/2005

Mais um filme de Steven Speilberg. O que isso significa? Que os gênios tem seus altos e baixos. Este não é um dos seus filmes mais brilhantes, trata superficialmente de um tema que poderia até levar à conclusões mais interessantes, pois depois da nova geografia mundial devido à queda do império da União Soviética, muitas questões e dúvidas poderiam ser lançadas. Mas Spielberg, como sempre, pelo menos não deixa o seu público chateado. Apoiado numa bela interpretação de Tom Hanks, dá o entretenimento suficiente para que sempre estejamos torcendo por um final feliz.

Outra discussão, que tem algum tom de seriedade, é a de que há certos “cantos” do mundo onde a independência é total, despretensiosa e, embora inicialmente racista, acaba acolhendo o ser humano pela sua essência. O grande vilão, vivido pelo sempre competente e pouco comentando Stanley Tucci, dá este contra-peso. Mas afinal, estas questões políticas são importantes? Sim, num filme do mago Spielberg, sempre se espera algo mais. Mas talvez ele, por ser um “gato escaldado”, queira apenas realizar alguns filmes que agradam a uma grande maioria, pois, ultimamente, salvo algumas exceções, o cinema está aí para divertir. Não tem grandes ações, mas o carisma do personagem principal (mais uma vez Tom Hanks tem seu dedo nesta importância) acaba nos levando ao puro divertimento (ou drama e romance), deixadas as lições de lado, que acabam também sendo as mais desejáveis.

Alguns até poderão considerar o filme meio chato, mas não são verdadeiros fãs da dupla Speilbert-Hanks. E que, de brinde, num papel bem reduzido, ainda nos traz Catherine Zeta-Jones. Assista sem pretensões e este poderá ser um bom filme, ainda mais dentro de nossas casas.