Crítica sobre o filme "Thunderbirds, Os":

Rubens Ewald Filho
Thunderbirds, Os Por Rubens Ewald Filho
| Data: 23/06/2005

Anunciado como um dos grandes desastres de crítica da temporada, não chega a ser muito ruim. É apenas uma fraca imitação de Spy Kids (com toques de Austin Powers e Matt Helm), suportável para crianças. Os fãs da antiga série de TV inglesa com bonecos, Thunderbirds, vão curtir a reprodução da ilha, da cenografia cafona, dos figurinos e dos foguetes. Mas sob a direção de Jonathan Frakes (ator e diretor de Star Trek Next Generation), o filme tem um roteiro fraco e um elenco altamente discutível. A única figura conhecida é Bill Paxton, que faz o chefe da família de heróis, os Tracy, que cometem atos de bravura e resgate como os Thunderbirds. Acontece que ele passa a maior parte do filme desacordado (preso numa base espacial junto com o resto da família, que aparece tão mal e tão rápido que não dá nem para gravar o rosto deles). A história fica toda em cima do filho mais novo, um certo Scott (o loiro, narigudo e antipático Philip Winchester) que tenta salvar tudo com a ajuda de seu amigo (filho de inventor e gago) e a namoradinha indiana (que é sobrinha do grande vilão da história, feito por Ben Kingsley). Comentá-lo mais é bobagem. Não chega a ser horrível, mas francamente não há porque assisti-lo, nem mesmo se for fã do seriado. Imagina fazer um filme de bonecos com atores vivos - poderia resultar num negócio muito engraçado. Só que eles não têm nenhum humor. Anthony Edwards, o astro de ER, faz sem crédito e muito mal, o papel do inventor (pai do menino). Não tem a menor graça, ou chance.