Crítica sobre o filme "Vampiro":

Saulo L. Jr
Vampiro Por Saulo L. Jr
| Data: 20/03/2001

A história gira em torno de um homem que chega a uma cidade para investigar o sobrenatural e a influência do belzebu nos habitantes locais, quando, inexplicavelmente, um velho lhe deixa um livro para ser aberto somente depois da sua morte (a do velho, é claro).

Neste livro estão todos os detalhes e característica sobre os vampiros. Os telespectadores, quando o livro é aberto, tem visão das páginas, ou seja, lemos o livro junto com os atores. A interatividade não é um conceito novo. Vem desde o cinema mudo.

Dirigido por Carl Theodor Dreyer, que se caracterizou por se preocupar, primordialmente, com os conflitos da alma humana, com a vida e a morte. Alguns analistas de cinema chagaram a afirmar que Dreyer, em seus filmes, pretendia radiografar a alma humana.

Neste filme, tais características não são esquecidas, embora o uso de recursos de luminância seja um dos fatores que se equipararam ao tema espiritual nesta obra.

Para o século XXI, trata-se de um filme pós cinema mudo, com poucas falas, imagem flutuante e luminosidade variável em preto e branco. Dai que se relata o uso excessivo da luminância neste filme.

O suspense é forte, mas as cenas, talvez pela sua antigüidade, mais parece um triller cômico do que um filme de terror ou suspense, até porque os conceitos de terror eram mais voltados para o suspense do que para as emoções e chocantes cenas dos filmes atuais.

As cenas são esgotadas, a ponto de um subir de escadas se tornar, desculpem-me o termo, letárgico, ao som de um violino melancólico.

Embora não se trate de cinema mudo, as falas são pouquíssimas e com uma qualidade muito ruim.

A confusão de línguas existente se percebe mais quando aparecem os escritos na tela. Na real, filme é Francês, mas os personagens falam inglês, alemão e até francês - tudo ao mesmo tempo, o que se explicada, suponho eu, porque o filme, originalmente, possui áudio nestas três línguas (inglês, alemão e francês) e, por isso, devem ter usado na produção do áudio do DVD as falas com maior qualidade sonora, deixando de lado língua falada.