Crítica sobre o filme "Vingança de Willard. A":

Marcelo Hugo da Rocha
Vingança de Willard. A Por Marcelo Hugo da Rocha
| Data: 24/03/2004

Remake de um quase-clássico filme de terror da década de 70 e que ficou conhecido pelo tema de “Ben” cantado na época pelos Jackson 5 (na voz de Michael), Willard é muito além do que uma simples refilmagem com novos efeitos visuais. A presença do ator Crispin Glover faz a diferença (bem como os tais efeitos) no papel de Willard, não deixando sequer suspeitas que seja um “filme de ratos”. E pensar que não era a primeira opção dos produtores e que inclusive chegaram a contatar com Macauley Culkin (Esqueceram de Mim)... Para quem não lembra, Crispin ficou reconhecido como George McFly de De Volta para o Futuro, e, recentemente, no “esquisito” que perseguia as Charlie’s Angels em As Panteras.

Notadamente, Willard não chega a ser um filme de terror que assusta. O seu humor negro é latente e é o que surpreende, fazendo dele uma produção bem acima da média e de certa forma, provocativa. Imaginem uma versão de Edward, Mãos de Tesoura desastrado, cortando cabeças e ferindo gravemente as pessoas que se aproximassem... A relação de Willard com os ratos poderia ser tratada em seminários de psiquiatria, pois é isto que chama a atenção do espectador (veja nos extras depoimentos de criadores de ratos de exposições).

Há diversos destaques a serem mencionados, mas a cena da fuga de um gato dentro da casa com milhares de ratos e ao fundo da canção original de “Ben” deixa pra trás muitas cenas barulhentas de perseguição de carros que o cinema tem nos trazido ultimamente. Vale a locação, pelo menos! O roteiro às vezes atropela o desenvolvimento da estória, mas o resultado final surpreende. Nada mais.