Crítica sobre o filme "Vigaristas, Os":

Edinho Pasquale
Vigaristas, Os Por Edinho Pasquale
| Data: 03/05/2004

Interessante notar que os grandes diretores, como Ridley Scott, “matam bem” o tempo. Este filme, realizado numa hora de folga entre um grande projeto e outro, não é o melhor trabalho dele, mas com certeza é bem interessante. A trama, que tem uns toques de “Prenda-me Se For Capaz” e “Os Safados” (claro que são bem diferentes, mas o tema é o mesmo), é bem tratada no bom roteiro (baseado no livro de Eric Garcia), com algumas boas reviravoltas inesperadas.

Há ainda quem não goste de Nicholas Cage, confesso não ser um dos meus ídolos, mas ele repete uma boa interpretação, que já havia feito em “Adaptação”, como o esquisofrênico trambiqueiro. Dá um toque leve, sem grandes exageros ou muitas “caretas” (o que Jim Carey faz muito...). Ou seja, dosa bem a interpretação da principal personagem do filme. Há de se destacar também o bom desempenho de Alison Lohman (de "Peixe Grande", ela que, aliás, tem cerca dez anos a mais do que a personagem do filme, fato absolutamente que não percebemos). A trilha sonora é genial, cabe direitinho em cada situação do filme. O final deixa algumas dúvidas, propositais de Scott (que não existem no livro original).

Um filme que distrai, tem uma boa linha de entretenimento, ou seja, nunca dizemos “que filme chato”. É bem produzido, enfim, um filme acima da média. Não é de grandes ações e aventuras, mas é um filme que acaba sendo sensível sem ser piegas e que deve agradar a maioria.