Baseado num fato real, ocorrido em 1949 nos Estados Unidos, quando um menino de 14 anos ficou possuído pelo demônio durante três meses, aqui somente modificaram o sexo do personagem e o local. Uma fita que teve muito problemas durante as filmagens: o cenário pegou fogo, a estátua do demônio se extraviou na viagem para o Iraque, houve atropelamentos, dedos decepados e até a morte de um ator (Jack McGowran, que fazia o diretor) um dia de ter rodado a sua cena. Foram precisos dois anos para concluir O Exorcista. A garota Blair começou com 12 e terminou aos 14 anos. Mas sua interpretação é totalmente baseada em efeitos especiais. Nas cenas difíceis - como na levitação - ela foi dublada. Assim sua indicação ao Oscar de Coadjuvante naquele ano foi a maior piada. Mas o filme ganhou os prêmios de Roteiro e Som. Não funciona o personagem do outro exorcista, o psiquiatra Damien Karras (Miller), com sua crise de fé por ter deixado a mãe morrer e com seus sonhos alucinados, nem tampouco as cenas em que a menina vomita alguma coisa verde (parece na imagem da mãe morimbunda). Ninguém consegue acreditar nas situações e, portanto, ter medo. Pelo menos os brasileiros acostumados à magia diariamente. Um problema: a continuação e as imitações foram piores.