Crítica sobre o filme "Gallipoli":

Rubens Ewald Filho
Gallipoli Por Rubens Ewald Filho
| Data: 05/05/1995

Na época o mais caro filme já rodado na Austrália (3 milhões de dólares) e também o maior sucesso de bilheteria, tanto na Austrália quanto no exterior (hoje Crocodilo Dundee já o superou). Na verdade, só para os australianos o nome Gallipoli tem um sentido maior. Foi ali, numa península da Turquia que, durante a Primeira Guerra, 7.800 jovens soldados australianos foram massacrados num ataque estúpido e inútil, morrendo por uma guerra que nem era deles, mas da Grã-Bretanha. Weir procurou não fazer uma fita de tese, mas de entretenimento. A luta só entra no final, a maior parte do tempo mostra os dois heróis, Frank (Gibson) e o jovem Archy (o estreante Lee) na sua trajetória no interior do sertão australiano até as manobras no Egito. Além disso, o filme aproveita um tema sempre atraente: as corridas. Ambos são corredores, mas isso vai ter uma função dramática ao final, quando Frank se torna um mensageiro. Uma fita bonita, que apesar de não satisfazer completamente, é bem realizada, sempre envolvente (onde o diretor Weir deixa clara sua competência).